O primeiro é o lado que me impõe a ser.
Perfeita, comportada, imóvel.
A criadora de realidades novas, porém que não as realiza.
A que vive em meio a limites inúteis.
Mas logo estará livre.
É deste lado em que estão meus pais.
E tantas outras pessoas que querem viver a minha vida.
Tem meu corpo, quem sou por fora.
O segundo lado é o que eu quero ser.
Quem um dia vou ser.
Cheio de sonhos.
Amores.
Paixão.
Que quer apenas ser livre.
Não só em pensamento.
Mais numa vida real.
Nesta vida.
Neste lado vive meu amor, único e inevitável, amor.
Tem meu eu verdadeiro.
O eu de dentro.
O que implora encarecidamente para sair.
E vai sair.
E não mais me dividir em dois lados.
Ser quem devo ser.
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